quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Este Natal, serei sino.


Este Natal, serei sino. Hei-de anunciar que, na Belém da minha terra, entre a luz e a alegria, vai nascer o Salvador. Hei-de falar de um amor-menino que incendiará o mar que banha a minha cidade. Hei-de pendurar a música das minhas palavras nos ramos do meu presépio e calar os gritos com cantos e as solidões com abraços.

Este Natal, serei sino. E, à meia-noite em ponto, cada badalar há-de acordar os silêncios negros da noite e acender as estrelas.

Então, a minha voz terá sentido. E eu oferecerei as doze badaladas. Um presente de Natal. O meu:

- aos que me amam e aos que não me conhecem;

- aos que me encontram e aos que fogem de mim;

- aos que me limpam as lágrimas e aos que se derramam no meu choro;

- aos que me dão o seu tempo e aos que nunca sabem de mim;

- aos que me abraçam e aos que me viram a cara;

- aos que me ajudam na luta e aos que me fazem desistir.

Este Natal, serei sino, serei a voz dos que falam e a dos que não têm voz.

Este Natal, serei sino. O verdadeiro sino de Natal.

Boas FESTAS1

Graça Alves

Sem comentários:

Enviar um comentário